segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Ser Goiano"

Ser goiano ...
 
Ser goiano é carregar uma tristeza telúrica num coração aberto de sorrisos.
 É ser dócil e falante, impetuoso e tímido.
É dar uma galinha para não entrar na briga e um nelore para sair dela.
É amar o passado, a história, as tradições, sem desprezar o moderno.
É ter latifúndio e viver simplório, comer pequi, guariroba, galinhada e feijoada,
 e não estar nem aí para os pratos de fora.

Ser goiano é saber perder um pedaço de terras
para Minas Gerais, mas não perder o direito de dizer também uai,
este negócio, este trem, quando as palavras se atropelam
no caminho da imaginação.

O goiano da gema vive na cidade com um carro-de-boi cantando
 na memória. Acredita na panela
cheia, mesmo quando a refeição se resume
em abobrinha e quiabo. Lê poemas de Cora Coralina
e sente-se na eterna juventude..

Ser goiano é saber cantar música caipira e
conversar com Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e
Carlos Gomes. É acreditar no sertão como um
ser tão próximo, tão dentro da alma. É carregar
um eterno monjolo no coração e ouvir um berrante
tocando longe, bem perto do sentimento.

Ser goiano é possuir um roçado e sentir-se
um plantador de soja, tal o amor à terra
que lhe acaricia os pés. É dar tapinha nas
costas do amigo, mesmo quando esse
amigo já lhe passou uma rasteira.

O goiano de pé-rachado não despreza uma
pamonhada e teima em dizer ei, trem bão, ao
ver a felicidade passar na janela, e exclama viche,
quando se assusta com a presença dela.

Ser goiano é botar nos pés uma botina ringideira e
 dirigir tratores pelas ruas da cidade. É beber
caipirinha no tira-gosto da tarde, com a cerveja na
 eterna saideira. É fabricar rapadura, Ter um
'passopreto' nos olhos e um santo por devoção.

O goiano histórico sabe que o Araguaia não passa
 de um 'corgo', tal a familiaridade com os rios.
Vive em palacetes e se exila nos botecos da esquina.
Chupa jabuticaba, come bolo de arroz e toma licor
de jenipapo. É machista, mas deixa que a mulher
tome conta da casa.

O bom goiano aceita a divisão do Estado, por entender
que a alma goiana permanece eterna na saga do Tocantins.
Ser goiano é saber fundar cidades.
É pisar no Universo sem tirar os pés deste chão parado.
É cultivar a goianidade como herança maior.
É ser justo, honesto, religioso e amante da liberdade.

Brasília em terras goianas é gesto de doação, é patriotismo.
Simboliza poder. Mas o goiano não sai por aí contando vantagem.
Ser goiano é olhar para a lua e sonhar, pensar que é queijo
e continuar sonhando, pois entre o queijo e o beijo,
a solução goiana é uma rima...


(José Mendonça Teles. Crônicas de Goiás)


sábado, 11 de dezembro de 2010

FÁBULA DA FORMIGA E A CIGARRA... SOB OUTRA ÓTICA

FÁBULA DA FORMIGA E A CIGARRA... SOB OUTRA ÓTICA

Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas.
Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando  comida para o período de inverno.

Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o  bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha  gelada.
Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era 'Sempre'.
 Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e
nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer.

Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu pra valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar.
Era o inverno que estava começando.
A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca.

Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante casaco de vison.
E a cigarra disse para a formiguinha:

- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
- Será que você poderia cuidar da minha toca?
- E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas!

- Mas o que lhe aconteceu?
- Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?
E a cigarra respondeu:
Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz.
Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris...
À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?
Desejo sim, respondeu a formiguinha.
Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda
ele ir para a  'P Q P!!!' 


 Moral da História:

Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, 
pois trabalho em demasia só traz benefício em
 fábulas do La Fontaine e ao seu patrão.
Trabalhe, mas curta a sua vida. 
Ela é única!!!
Se você não encontrar a sua metade da laranja,  não desanime, procure sua metade do limão,adicione açúcar,  gelo, e... Seja feliz  ! 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Roteiro para o aluno realizar a autocorreção de um texto dissertativo-argumentativo.

Roteiro para o aluno realizar a autocorreção de um texto dissertativo-argumentativo.

·        Colocou o leitor a par da questão a ser discutida?
·        Tomou uma posição diante desta questão?
·        Utilizou argumentos que possam convencer o leitor?
·        Usou expressões  que introduzem argumento (como, pois, porque, de acordo com, segundo, etc.).
·        Utilizou argumentos de autoridade e/ou exemplo?
·        Usou expressões adequadas para introduzir a conclusão (então, assim, portanto, deste modo, etc.).
·        Conclui o texto reforçando sua posição?
·        No final, fez uma síntese das idéias, reforçou a posição assumida?
·        Verificou se a pontuação está correta?
·        Lembrou-se de iniciar com letra maiúscula os nomes próprios, inícios de parágrafos ou em palavras que vêm depois do ponto final?
·        Corrigiu os erros ortográficos?
·        Escreveu com letra legível para que todos possam entender?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sequência didática

Pesquisando e estudando,achei,li e gostei!
Postei, espero contribuir com vcs!


Sequência Didática

A sequência didática é um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e avaliação. Ela pode e deve ser usada em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxilia o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos  já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.

Professor, para realizar uma seqüência didática eficaz para o ensino de gêneros textuais, sugere:
·        Propor que seus alunos produzam uma escrita inicial, sem maiores estudos prévios, que permita a identificação do grau de conhecimento que eles já possuem.
·        Planejar o ensino considerando o conhecimento que os alunos já tem sobre o gênero
·        Fazer perguntas que problematizem os conteúdos a serem aprendidos com esse estudo, aproximando o que os alunos devem aprender das vivências que eles têm.
·        Propor desafios que possam ser vencidos pelos alunos. Esses desafios não devem ser muito fáceis, nem muito difíceis.
·        Propor e incentivar o levantamento de hipóteses sobre os elementos do gênero estudo (o conhecimento sobre o tema, sua forma própria de composição, seus elementos característicos), ouvir essas hipóteses e valoriza-las.
·        Ampliar a discussão sobre os aspectos do gênero, com finalidade de comprovar hipóteses levantadas.
·        Organizar pesquisas sobre o tema do gênero, para favorecer o domínio do conhecimento necessário pelos alunos.
·        Dar informações sobre aspectos próprios do gênero em estudo.
·        Organizar e sistematizar as descobertas e conhecimentos, realizando uma escrita coletiva com você no papel de escriba da turma.
·        Propor uma escrita individual a partir de um roteiro própria para o gênero
·        Orientar o aluno para a auto-avaliação de sua escrita (em seguida, veja o roteiro para o aluno realizar a autocorreção de um texto dissertativo).
·        Avaliar a escrita dos alunos e interferir quando necessário, para garantir a aprendizagem de todos, de acordo com as possibilidades de cada um.

Sequência Didática Ensino Fundamental II

Contos sem mistério algum

Bloco de conteúdo
Língua Escrita
Conteúdo
Produção de textos
Introdução
Verifica, em produções de alunos, dificuldades para escreverem textos com seqüência narrativa, elementos de conflito, caracterização de personagens, clímax da história e, principalmente, desfechos coerentes com o processo narrativo desenvolvido.
Muitas vezes possuem idéias incríveis para produzir narrativas, mas por lhes faltar orientação específica para escrever aquele tipo de texto, o fazem com qualidade aquém daquela que poderiam apresentar.

Na habilidade para escrever podem-se distinguir duas dimensões: o processo mental que se percorre para escrever e o resultado desse processo: o texto já construído. No processo global de construção escrita, distinguimos os processos parciais: planejamento, transcrição, edição e revisão. Essa seqüência didática visa a trabalhar com os alunos a estrutura e a forma lingüística que caracterizam esse tipo de texto.

Assim, reforçar as fases do processo de composição escrita: a fase do planejamento (geração do conteúdo de idéias, organização e estruturação desse conteúdo e determinação dos objetivos para ao ato da composição: público formato; a fase da tradução ou transcrição das idéias pensadas para uma forma lingüística e a fase da revisão, onde se avalia o texto de acordo com o planejado e se faz revisão e correção do produzido.
Objetivos
Essa seqüência didática procura sugerir atividades que forneçam orientação específica aos alunos para escreverem seus contos de mistério.

Conteúdos específicos
- Elementos da narrativa;
- estrutura da narrativa
- escolhas para esse tipo de texto: advérbios e tempos verbais, léxico específico (relacionado com o clima de suspense) ;
- leitura de contos de suspense
- apresentação oral dos contos com boa dicção, entonação e tom de voz audível.

Ano
7º e 8ª anos (ou 8º e 9º anos)

Tempo estimado
Aproximadamente 15 aulas

Material necessário
- Texto impresso Conto de Mistério, de Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
- Vários exemplares de livros de contos de mistério.
- Filme de mistério para ser assistido em classe.
- Caderno para produção de texto, em suas várias fases ou versões.
- Retro projetor, monitor de computador ou lousa para reflexão e refacção de textos de forma coletiva.
- Mural ou varal para exposição dos textos dos alunos.
- Materiais diversos para montagem da sala de contação de histórias de mistério.
- Sala com cenografia para contação das histórias de mistério e suspense.

Desenvolvimento das atividades
1ª aula Converse com os alunos sobre contos, histórias e filmes de mistério. Procure levantar com eles que elementos existem nesses gêneros. Anote o que disserem na lousa ou em uma folha de papel pardo, que ficará exposta na classe, durante todas as aulas.

Em seguida leia o Conto de mistério, de Stanislaw Ponte Preta, até o trecho Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. , portanto, não leia o desfecho.

Utilize a técnica de predição de leitura, pergunte-lhes o que o personagem teria ido buscar naquele lugar. Anote na lousa as idéias e sempre questione a coerência destas com os elementos desenvolvidos no texto até ali.

Na seqüência, lhes entregue o texto impresso e deixe que descubram do que se tratava. Surgirão perguntas sobre o porquê de o mistério ser um quilo de feijão. Levante com eles, o que poderia estar acontecendo para o personagem ter passado por tanto suspense para obter aquele simples quilo de feijão. Compare com outros produtos escassos e a dificuldade para obtê-los etc. Por fim, avalie com eles quem chegou mais próximo do desfecho ou se algum aluno descobriu o mistério. Não se esqueça de salientar que a novidade, o elemento surpresa, estava justamente no inesperado-elemento típico dos contos de mistério.

Proponha que leiam para seus pais e amigos em casa, mantendo o mesmo procedimento, sem o desfecho, para que possam saborear com outras pessoas o que sentiram em classe. Assim, também, estarão trabalhando sua leitura em voz alta, que é um dos objetivos da leitura.

2ª e 3ª aulas Faça uma avaliação das opiniões dos ouvintes de casa. Compare com eles se estas coincidiram com as de seus colegas de classe. Sempre aparece uma ou outra novidade, o que enriquece o campo das idéias.

Retome o texto e comece a destacar com eles os elementos lingüísticos que construíram o mistério no conto. Destaque as descrições, para isso levante os adjetivos especiais, soturnos, que foram usados para caracterizar as personagens e os objetos em cena; saliente os advérbios de modo e as descrições das ações onde foram usados períodos curtos, quase sempre orações coordenadas; repare também a quase ausência de diálogos e o emprego dos verbos no pretérito (perfeito, imperfeito).

Faça um inventário do léxico pertinente a esse tipo de texto (substantivos: crime, pistas, álibi, suspeitos, vítimas, acusados, cúmplices, prisão, condenação, seqüestro, rapto de alguns verbos, advérbios; adjetivos), facilitando-lhes a aquisição de repertório. Registre todas as sugestões e as deixem expostas no papel pardo na classe.

Na seqüência, comece a trabalhar os elementos e a estrutura do conto:
Uma narrativa deve elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais:
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - a personagem ou personagens;
COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência
QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento

A estrutura de um conto pode ser a seguinte:
Uma situação inicial onde se expõe o assunto, o lugar ou a ação que vai acontecer. A complicação ou o problema que vai se apresentando gradativamente. O clímax que a complicação elevada ao máximo de suspense. E o desfecho que soluciona ou tenta solucionar o problema.

Proponha que delimitem (na medida do possível, pois nem todos os contos seguem rigorosamente a mesma estrutura) tais elementos lingüísticos e de estrutura da narrativa no conto lido. Esse procedimento é importantíssimo para que vivenciem realmente, na prática de leitura, os elementos essenciais a esse gênero.

Lembre a eles os dois tipos de foco narrativo (narradores) que costumam fazer parte dos contos de mistério: em primeira pessoa (narrador personagem ou participante da ação) e narrador em terceira pessoa (observador ou onisciente: que tudo viu, tudo sabe e expõe pensamentos e sentimentos das personagens).

Para casa, peça que leiam um conto de mistério para comentar na aula seguinte. Sugira alguns, se possível imprima outros e socialize entre eles; se não for possível fazê-lo em casa, que se faça em classe.

4ª e 5ª aulas  A discussão hoje será sobre como criar o suspense - A partir das leituras feitas em casa, levante formas de suspense encontradas nas leituras. Haverá histórias de crimes, de roubos, de fatos estranhos, de aventuras extraterrestres etc. Converse sobre o nível de suspense de cada um desses textos e como foi conseguido.
Depois registre isso na lousa, enquanto os alunos o farão em seus cadernos:

Como criar o suspense? Crie frases que sugiram apenas, provoque no leitor a vontade de querer saber o que vai acontecer depois.

Dê margem a se pensar em vários suspeitos, com vários fatos combinados com ações que despistem o leitor. Trabalhe com muitas pistas: umas falsas e outras verdadeiras.
Use palavras, vocabulário específico para criar suspense: adjetivos expressivos, exagerados; advérbios de modo, de lugar, de tempo que acrescentem circunstâncias especiais às ações.
Trabalhe com verbos no pretérito (perfeito, imperfeito ou mais-que-perfeito)
Use as palavras- chave com freqüência e ênfase.
Esconda do leitor determinados detalhes.
Crie um desfecho inusitado, surpreendente.

6ª e 7ª aulas Proponha que eles escrevam contos de mistério para publicar.
Nesse momento é preciso discutir dois determinantes: público e formato.

Peça que escolham para quem irão escrever, o formato de seus textos e o suporte onde serão publicados.

Sugira:
Para quem você irá escrever seu texto: para uma revista dirigida ao público jovem, para o jornal da escola, para um painel no pátio da escola para a seção literária de uma revista, para um concurso de contos, para uma antologia de contos de mistério, para ser lido para uma platéia, para ser editado com ilustrações em um livro.

Em que formato você irá escrever: em folha sulfite, em colunas, como texto de jornal e revista, em folha bem grande para um painel, seu texto será interrompido por ilustrações de cenas ou outros. Peça que tomem essas decisões porque delas dependerá o produto final: o conto de mistério. Em seguida faça exercícios com o caráter de oficina de contos. Pode trazê-los em lâminas para retroprojetor, ou em arquivos para usarem os computadores, ou impressos. 
Reescreva o texto

Completeas lacunas com as palavras ou expressões do quadro, acrescentando emoções e sentimentos a ele.

Foi uma cena ......................... Entramos no quintal vagarosamente e para não espantar nem uma nem outra, mas ficamos ...................... Desmentindo o dito popular 'vivem como cão e gato', a visão era ........................... Dentro da casinha, deitadas estavam a ........................ dobermann preta, de dentes afiados, espalhada no chão e a gatinha vira-lata toda branquinha com sua orelha cinza .................., mamando em uma das tetas da outra, como filhote. Não se mexiam, como em um ..................... espetáculo a não ser modificado. Restou-nos ficar ali ..........................., contemplando aquele ................... momento de satisfação.


raro- de muita delicadeza- extasiados- inesquecível- temida- maravilhados- inconfundível- magnífico
Reescreva o texto

Substitua os espaços pelos advérbios ou locuções abaixo para expressar um clima de suspense.

Era ......................, vinha caminhando para casa, .................................., chovia uma garoa fina e gelada. ...................................., olhei para o lado esquerdo e vi ..................., algo me pareceu uma trouxa de roupa, um saco de lixo. ......................, ...................., ........................................, fui me aproximando ..................................., para não ser surpreendido.
E se fosse um bicho estranho que.................................. avançasse sobre mim?


perto da praça vazia- repentinamente - lentamente - sem fazer barulho - sorrateiramente- junto a um orelhão- rente às paredes dos prédios- muito tarde- sem pressa
8ª aula e 9ª aulas Escolham um bom filme de suspense e assista com os alunos. (os que foram baseados nas obras de Agatha Christie são bons para retomar os elementos dos contos de mistério).
Ao final, promova uma discussão a respeito dos elementos de uma história de mistério presentes no roteiro, nomes de personagens, espaços cênicos, cores etc.

10ª aula Proponha que escrevam o conto de mistério a partir do que foi planejado:
Dicas
- Escreva seu texto a partir do que você planejou.
- Você já deve ter escolhido o público para o qual irá escrever.
- Considere esse público na hora de elaborar seu texto.
- Não se esqueça da estrutura do conto.
- Procure usar palavras para criar emoção e suspense como as usadas na oficina.
- Dê um título ao seu texto.

 9ª e 10ª aulas Edição de texto - Sentados em quartetos, os alunos lerão os contos de seus colegas. Após fazerem isso registrarão sua avaliação em uma pequena ficha que será entregue ao autor. Nela estarão registrados alguns aspectos e inclusive sugestões para melhorar a edição dos textos.

Essa atividade também pode ser feita em Word e com cada aluno ou dupla em um computador.
Modelo de ficha de avaliação
Foi muito suficiente pouco (ou nada)?
O texto apresentou a estrutura de um conto?
Narrou o fato, quando aconteceu, com quem aconteceu e como aconteceu?
Você acha que ele conseguiu criar emoção, suspense?
Usou para isso os adjetivos nas descrições, verbos e advérbios adequados?

Sugestões ao autor:
Nome do leitor:
 O professor deve acompanhar essa atividade andando pelas carteiras, auxiliando nas avaliações, contemporizando falas e sugestões. Lembre a eles a questão do público a quem se destinam os textos e em que formato cada um vai ser editado.

Como tarefa de casa, peça que façam a revisão de seus contos, usando para isso as tabelas de avaliação e as sugestões dos leitores. Nesse momento os autores já serão capazes de formular novos objetivos para o processo de construção.

Nessa revisão deverão proceder às seguintes operações: avaliar o planejado e ajustá-lo de imediato; modificar o texto escrito em dois aspectos avaliando o resultado em função dos objetivos (público, formato), e avaliação da coerência do conteúdo, em função do esquema textual. Por fim revisão e correção de acordo com os resultados dessa avaliação.

Crie um roteiro de observações gerais.
Sugestões:
Aspectos gramaticais
Observem os itens abaixo:
Verifique a ortografia. O dicionário vai ajudá-lo e vai lhe oferecer sinônimos para evitar algumas repetições de termos sem necessidade.
Depois revise a pontuação; cuide para que fique bastante expressiva.
Passe o conto a limpo, no formato que você escolheu.
Importante: O professor pode criar pautas de correção a partir de aspectos gramaticais, ortográficos e de pontuação já trabalhados com a classe. Além disso, deve desempenhar também a função de leitor. Ao ler os textos dos alunos, poderá fazer observações a respeito dos conteúdos trabalhados durante o processo de produção dos contos. Deve evitar, assim, ser apenas um corretor e sim, um leitor.
10ª e 11ª aulas Atividades complementares - Socialização dos textos - Todo texto deve ter uma função social, portanto, esta sugestão atende a essa função.  Momento de preparação para exposição dos textos (em painel, em livros, em antologias etc.) para leitura expressiva dos textos. Os alunos, em grupos, devem planejar e executar a cenografia, a decoração da sala de contos de mistério, se usarão trajes como contadores das histórias etc. quando isso acontecerá e como preparar uma leitura expressiva desses contos para a platéia. Dê sugestões para fortalecer a atividade, professor.

12ª e 14ª aulas Preparação da leitura expressiva dos contos - Os alunos devem ler os contos para seus pares. Na preparação, acompanhados do professor, devem refazer entonações, pausas, dar ênfase a frases de suspense, entre outros detalhes.

15ª aula Apresentação dos contos para alunos de outras turmas da escola, para pais e amigos.
Avaliação A avaliação se dará em cada etapa do processo de criação dos contos. O professor acompanhará os alunos nas atividades cotidianas, reforçando a realização de um plano de texto, de uma pré-redação, da preparação e da edição dos textos.
Outro aspecto a ser observado deve ser o desenvolvimento da capacidade de leitura, de percepção de inadequações e de correção de textos próprios e alheios, visando à clareza, objetividade e coerência. A evolução dos alunos nas atividades propostas deve ser compartilhada com eles.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
JOLIBERT, Josette, Formando Crianças Produtoras de Textos, P. Alegre:Artes Médicas,1994
KAUFMAM, Ana Maria e M. Elena Rodriguez, Escola, leitura e produção de textos, Porto Alegre: Artes Médicas,1995
MATA, Francisco Salvador, Como Prevenir as Dificuldades na Expressão Escrita, Porto Alegre: Artes Médicas, 2003
PORTO, Sérgio (Stanislaw Ponte Preta) Conto de Mistério, www.casadobruxo.com.br
PORTO, Sérgio, (Stanislaw Ponte Preta) Testemunha Tranqüila In: Dois amigos e um chato. São Paulo: Moderna, 2006. p. 24-25
Coleção Para Gostar de Ler v. 12 Histórias de Detetives- vários autores- São Paulo: Ática, 1998
Consultoria: Odonir Araújo de Oliveira
Professora de português, especialista em projetos de língua e literatura, assessora de escolas públicas e privadas.