domingo, 26 de fevereiro de 2012

Atividade 3 - Proposta pelo professor Dr.Cleomar Rocha da disciplina :Sociedade, Cultura e Tecnologia.

Universidade Federal de Goiás

Especialização em Mídias na Educação

Polo de Itumbiara

Cursista: Eliene Brito Medeiros


 Atividade 3 - Proposta pelo professor  Dr.Cleomar Rocha da disciplina :Sociedade, Cultura e Tecnologia.

1- Considere as afirmações:

“A gente pode empregar como sinônimos cibercultura e cultura digital, que seriam nomes para a cultura contemporânea (...)” (LEMOS, PP. 136).

“Essa separação inicial vai perdendo sentido à medida que o digital vai se entranhando nas coisas as tecnologias digitais vão se naturalizando na vida das pessoas.” (PALACIOS, PP. 253)

Relacione estas afirmações aos pensamentos de Lúcia Santaella e de Marcelo Tas, discutindo-os.

Nas duas citações, a de LEMOS e a de PALACIOS, há certa caracterização da cultura digital como algo que se tornou comum (público). Tas afirma que a maior importância não está na ferramenta, mas no fim desta ferramenta. Lúcia Santaella trata mais especificamente de distribuir a cultura em algumas formações, numa divisão em que as culturas por ela definidas, se entremeiam e a cultura digital é a mais vigente; ou seja, todos os autores, se preocupam em tratar o digital como algo que de algum modo vivenciamos e que tem evoluído, fazendo cada vez mais parte das nossas vidas.
Precisamos então saber utilizar tais ferramentas digitais, de modo que haja alguma produção significativa para o que é desejado e não meramente tê-las como um instrumento de reprodução. De acordo com os autores Lemos, Palácios e Tas, a cultura digital é algo que faz parte da nossa vida, através de dispositivos e mecanismos que todos utilizam no dia a dia, como por exemplo, quando usamos cartão de crédito, tiramos extrato bancário, quando usamos o celular etc, estamos utilizando a cultura digital e para Santaella as mídias são meios através dos quais as linguagens se corporificam e transitam, ou seja, a cultura digital é a cultura do acesso e, graças à convergência das mídias hoje, há uma grande produção e circulação de informação e todos podem, além usufruir dessas informações, transformá-las e recriá-las. De acordo com Lucia Santaella, estamos vivendo a era em que há uma convergência das mídias, pois na cultura digital há uma confraternização geral de todas as formas de comunicação. Estamos inseridos num gelatina de informações, por isso precisamos ter discernimento para escolher as informações, e essas escolhas implicarão nas nossas relações com essas informações e com o outro.

2. Lemos afirma que “...a cibercultura não é fruto apenas desse desenvolvimento tecnológico, mas de uma confluência entre uma sociabilidade que emergia na década de 1960 e uma posição contrária a alguns discursos hegemônicos da era moderna, a razão, a ciência e a técnica.” (PP. 137). Discuta esta afirmação tendo por base a questão de superestimação e subestimação da tecnologia, vista em Tas e o conceito de mídia de Santaella.

Tendo como base a afirmação de Lemos e discutindo a partir dos conceitos de tas e santaella fica claro que em sua Marcelo em sua entrevista fala sobre a subestimação e a superestimação da mídia. Onde subestimação acontece em geral pelas pessoas que desconhecem os vários tipos de mídia ou até mesmo se sentem ameaçados por essa evolução tecnológica. O desconhecimento impede a evolução do indivíduo em relação à mídia digital mesmo sendo obrigada a conviver com essa invasão tecnológica no seu cotidiano. E aqueles que se sentem ameaçados ficam parados no tempo em um saudosismo desnecessário e prejudicial à evolução do indivíduo.
A superestimação em geral vem dos conhecedores das novas mídias que encantados com tal evolução não fazem o discernimento necessário entre o canal de comunicação e a própria comunicação.Esse também é um ponto levantado por Lucia Santaella, onde ela diz que a mídia é um meio, somente um meio, ou seja, um canal físico capaz de levar com rapidez e eficiência informações, notícias, artes, mas para que ele funcione como meio é e sempre será necessário o indivíduo e a capacidade de criação deste indivíduo que produzirá seus textos, notícias, imagens.E que todas suas criações deverão ser julgadas e avaliadas pelo público pelo seu conteúdo, criatividade e não subestimado ou até mesmo superestimado pelo meio que o faz circular.
Palácios aponta que a cibercultura surgiu da microinformática, pois esta tira o poder da informação de uma elite e, com a disseminação da internet, há uma sociabilização da informação, ou seja, uma apropriação coletiva de dispositivos. Para o autor, a internet apresenta a possibilidade de produção coletiva, colaborativa e distributiva da informação. O desafio maior é trazer essa potência da informação para todos, ou seja, fazer a inclusão. Nesse aspecto, levando em conta o que Marcelo Tas acrescenta como subestimação da tecnologia, muitas pessoas ainda não se sentem “incluídas” na cibercultura pois têm receio do novo, tem certa aversão em lidar com as novas tecnologias. E quanto à superestimação, muitas pessoas acreditam que, por utilizarem certas ferramentas, por exemplo, blogs, sites de relacionamento, isso já suficiente para se “sentirem” com domínio da cultura digital. Ressaltando o que diz Santaella, mídias são meios, tecnologias que estariam esvaziadas de sentido se não fossem as mensagens que nela se configuram, portanto é importante acrescentar que quem produz as mensagens, quem cria as informações são as pessoas. Com isso a ousadia deve e tem q fazer parte da vida das pessoas no mundo de hoje. Para Santaella, a cultura das mídias não se confunde com a cultura de massas ou com a cibercultura, seriam processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais.
Tas, já diz que há aquele que superestima o digital como algo inovador, sobrepondo-o como ferramenta e não se preocupando com o produto final e há aquele que subestima o digital, por ignorá-lo se prendendo ao que já está acostumado.
Tendo por base os dois autores, a afirmação de LEMOS indica que a cibercultura não emergiu a partir de avanços tecnológicos, ela se expande devido ao interesse por considerável número de indivíduos em um novo modo de comunicação, que queriam trazer para si algo que era ainda pouco conhecido e acessível. Quer dizer, o acesso digital é possível à grande maioria da população.

3. Palácios considera o filtro de informação como algo necessário e diz dos auxílio que temos, em órgãos jornalísticos – área em que ele atua. Comente este pensamento, relacionando-o a afirmação de que “a internet é uma mídia de acesso e não de difusão” (PP. 259)

Para Palácios, a internet é um ambiente de comunicação em que há infinita quantidade de informação disponibilizada e à qual todos têm acesso, porém é necessário que haja um filtro sobre o que acessar, pois não há tempo disponível e nem condições para que as pessoas possam ter acesso a tudo. No jornalismo, há a necessidade de filtrar, hierarquizar e contextualizar as informações, pois assim, quem procura a informação terá condições de buscar o tipo de informação necessária e aprofundá-la. É preciso que haja o filtro a partir do momento que qualquer um pode dispor conteúdos na internet, então há uma propagação de conteúdos repetidos, desnecessários, de pouca ou nenhuma qualidade, enganosos e que não são relevantes. Com a internet sendo uma mídia de acesso, uma ferramenta digital, o usuário que conta com o filtro terá a informação selecionada, organizada, e valorizada a partir do momento em que exista maior interesse em determinado conteúdo. Haverá então uma enormidade de conteúdos similares disponíveis e alguns deles se destacarão por diversas razões, entre elas estão características próprias do conteúdo e a visibilidade que se obtém por meio de algum sistema.

4. Lemos se refere aos punks da cibernética, citando a fala: ‘olha, aproveite a tecnologia, faça da tecnologia o que você puder, faça dessa tecnologia uma obra de arte, porque só assim você vai poder dominar esse sistema, e não deixar que outros dominem o sistema e você junto’ (PP. 138). Relacione esta fala à metodologia adotada em nossa disciplina.

LEMOS refere-se a não temer aventurar-se, é preciso fazer o máximo uso de ferramentas tecnológicas, procurando sempre inovar... Não se aprende tão somente com a teoria, a prática, a coragem de arriscar e de inovar, faz com que possamos dominar esse sistema, e então não sermos dominados por outros que o dominarem. Na disciplina Sociedade, Cultura e Tecnologia estamos tendo contato com várias ferramentas para discutir e apresentar nossas atividades. Quando nos é proposto tais atividades que vão além do moodle, certamente alguns de nós iremos nos deparar com algo que nos é novo e que poderá ser utilizada em outras situações, em que disso dependerá a nossa criatividade, a coragem de buscar algo mais. Isso é muito relevante, pois acaba nos proporcionando contato com vários dispositivos e nos possibilita aprender a usar os mesmos, uma vez que isso é necessário tanto no nosso dia a dia quanto na atuação em sala de aula. Aproveitar a tecnologia, fazer o que pudermos com ela é o que estamos desenvolvendo no curso de Mídias na Educação, quando, por exemplo, aprendemos a lidar com vídeos, criamos blogs, etc. Aprender a dominar esse sistema é importante para que tenhamos mais subsídios e novas experiências para nossa prática diária. Há ainda a oportunidade de ampliarmos as informações que partilhamos entre nós para além do curso e de buscarmos mais informações fora do que é disponibilizado.

5. Defina os termos hipertexto, não-linear e multilinear. Após criar um verbete com estas definições, identifique o que estamos construindo com o uso de vários serviços de Internet, em nossa disciplina.

HIPERTEXTO - é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. A Web (rede de alcance mundial) é o sistema de hipertexto mais conhecido.
NÃO- LINEAR - É uma estrutura que não apresenta um único sentido. Estrutura que apresenta múltiplos caminhos e destinos desencadeando em múltiplos finais (as informações não aparecem de forma sequencial: início, meio e fim).
MULTILINEAR - É uma estrutura que apresenta diversos caminhos, vários segmentos, mas que estão amparados acerca de um mesmo contexto. Supõe múltiplos encadeamentos, com maior número de escolhas para criar caminhos e atalhos.

Pensando na disciplina do curso e nas atividades que temos organizado, estamos construindo hipertextos de modo multilinear, em que teremos várias opiniões, vários conteúdos, por meio de diversos modos, a respeito de um mesmo contexto que é a própria disciplina Portanto, estamos construindo novas possibilidades de trabalho, conhecendo mecanismos que poderemos utilizar em nossa prática educacional, entretenimento e aprendizagem.





Nenhum comentário:

Postar um comentário